domingo, 12 de setembro de 2010


Dissipou-se, de uma feita,

aquele gosto amargo,

desidratado,

no céu da boca.

No doce embalo da tua voz,

no aconchego da tua volta,

me deixo levar para outros mundos...

Quando foi que me conquistaste corpo e alma?

Quando foi que entraste, assim,

invadindo meus sentidos, cheiro, toque...?

Na nota quente da tua voz

me envolvo no vapor do infinito.