segunda-feira, 19 de outubro de 2009


A gata brinca com o novelo de lã.
Desenrola o fio, rola o novelo,
Pra lá e pra cá, faz que vai e não volta...
Enrola o fio do rolo na pata da gata, dá um nó:
Felicidade!

Sangue nômade ardendo nas veias... Vermelho: cor da alma cigana.

“Me ama para sempre!”

"Porque o fogo que me faz arder é o mesmo que me ilumina."(La Boétie , Étienne)

E esse fogo vem de ti, lindo, só de ti

Se pareço que minto

É porque te amo demais

Mais que tudo que sinto.

Já não ouso te prender;

Prefiro me render

Ao destino de te ter, não te ter...

Meu amor por ti já é tão parte da minha vida,

Mesmo não sendo no momento a escolhida

De espada na mão

Ou deitada no chão

Teu pedido é uma ordem

Te amo

Tanto, tanto

Que nem imaginas o quanto

Não tem medo de me perder,

Nem medo que eu te faça sofrer.

Aquele dia na esquina

O feitiço da poesia

Me dizia:

“Para todo o sempre”...

Nunca mais esqueci

A Chanson de Après-midi


Encruzilhada

Na encruzilhada me encontro

Quero seguir pela esquerda, pela direita

Sem saber onde levam ambas as direções

Uma alegria daqui, uma dali

E, no entanto, só

Ambos os caminhos estão certos?

Ambos, errados?

Haverá uma terceira estrada?

Bifurcação

Nesta etapa da vida

Dúvida cruel

Quero me dividir

Mas só balanço

De lá para cá, de cá para lá

O tempo dirá

Decidirá

Neste momento

Dois caminhos à minha frente

Nesta etapa da vida

E estou só


Canção do Dia Inteiro

Eu bem que tento

Te esquecer...

Até tento, em vão, não lembrar...

Tentativas frustradas, mormaço no ar

Fluidos, vapores, rosa mística

Sangue cigano, amor selvagem

Só e somente

Tentativas vãs, me doar, me doer

Quero meu amor de estrada, inconstante

Criança e amante

Areia de ampulheta

Vira-se

Volta a correr

Te amo demais.... Para além do sempre

No céu ou no inferno

Por todas que passem

Por todos que venham

Só e somente

Virgem/Galo

Touro/Serpente


A Prisioneira

A prisioneira louca, desvairada

cada vez mais arraigada

à prisão de um sentimento louco

de um misto de amor e ódio

salivando por todos os poros

transbordando o coração

Tenta se desvencilhar em vão

para logo cair exausta

da luta contra si mesma

contra o tempo e o destino

-Arrancaram de mim meu menino!

Não há vitória...