Ao poeta...
Tua indiferença me oprime,
comprime
meu peito
Mas que direito
tenho
de desejar mais do que me dás?
Na busca por um ideal
não percebes que o tempo é fatal
e que os minutos não voltam atrás.
Minhas palavras são as mesmas
que de outras mil bocas ouviste
E isso é que me faz triste:
não saber ser original
Mas não nego que o sentimento existe
E se a minha tristeza persiste
é que não ouço mais tua voz
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